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SORÍN
Juan Pablo Sorín nasceu em 5 de maio de 1976 na cidade de Buenos Aires, capital da Argentina. Juampi, como é conhecido em seu país-natal, era dono de um estilo de jogo peculiar. Apesar de jogar como lateral-esquerdo aparecia com frequência como elemento surpresa na grande área dos adversários.
Foi no Argentino Juniors que Sorín deu seus primeiros passos como profissional. As boas atuações o credenciaram para integrar a seleção argentina no Mundial Sub-20 de 1995. Como capitão, levantou o segundo troféu mundial do país na categoria.
Ainda em 1995, Sorín foi negociado com o futebol italiano. Na rápida passagem pela Juventus foi campeão da Champions League. Em 1996 retornou para a Argentina para defender as cores do River Plate. Lá se tornou ídolo. Seu futebol de raça e técnica caiu no gosto da torcida. Foi quatro vezes campeão nacional (Apertura 96, 97 e 99 e Clausura 97), venceu a Libertadores 96 e a Supercopa da Libertadores 97.
Suas performances despertaram o interesse do Cruzeiro que, em 2000, desembolsou mais de US$ 5 milhões para contar com o craque, o maior investimento da história do clube. Logo nos primeiros meses, Sorín ajudou a Raposa a conquistar de forma heroica a Copa do Brasil. Com gols e muita raça virou ídolo da torcida celeste. Em 2001, foi campeão da Sul-Minas.
No ano seguinte, foi supercampeão mineiro. Mas nada se comparou a sua 1ª despedida do Cruzeiro. Final da Copa Sul-Minas. Mineirão lotado. Uma grande festa preparada para dar “adeus” (ou até logo) ao ídolo. No começo do jogo um choque. Sangue. Alguns duvidavam que Sorín voltaria a campo (ainda mais em vésperas da Copa do Mundo para qual foi convocado). Mas ele voltou e escreveu de vez seu nome na história no Cruzeiro. De trivela, tarja de capitão e cabeça enfaixada fez o gol do título celeste.
Em 2002, Sorín retornava a Itália. Dessa vez seu destino era a Lazio. Ficou pouco mais de uma temporada no clube até ser emprestado ao Barcelona. Em 2004, foi transferido para o PSG, onde se sagrou campeão da Copa da França. Após breve 2ª passagem pelo Cruzeiro chegou ao Villarreal. Ao lado dos compatriotas Mariano Barbosa, Arruabarrena e Riquelme ajudou o clube espanhol a alcançar sua primeira semifinal da Champions League (2005-06).
O ano de 2006 foi realmente marcante na carreira de Sorín. Ele não apenas foi convocado para disputar sua 2ª Copa do Mundo, como assumiu o posto de capitão da Argentina no Mundial. Como não poderia ser diferente, o lateral-esquerdo foi disputado por diversos clubes e acabou assinando com o Hamburgo, da Alemanha, onde permaneceu até 2008.
Foi quando Juampi voltou ao Cruzeiro. Retornou aos gramados em 2009, foi campeão mineiro e vice da Libertadores. No final do ano, aposentou. A diretoria celeste preparou uma festa para o adeus ao ídolo: um amistoso contra o Argentinos Juniors no Mineirão. Com casa cheia, Sorín jogou o 1º tempo pela Raposa e parte do 2º pelo clube que o revelou. Ainda na etapa final, voltou a vestir a camisa do Cruzeiro que venceu o amistoso por 2x1.
Até hoje, a raça de Sorín é lembrada pelos cruzeirenses que, geralmente, o escalam na lateral-esquerda do “Cruzeiro de todos os tempos”. O carinho do torcedor mineiro foi decisivo para que Juan Pablo fixasse residência em Belo Horizonte. Sorín pendurou as chuteiras mas não deixou o futebol. Hoje é comentarista e escreve para jornais.
