Copa do Mundo no inverno: para ser repetida ou evitada?

A Copa do Mundo foi realizada pela primeira vez no final do ano. A competição acontece, tradicionalmente, entre os meses de julho e agosto, considerando o intervalo de 4 anos entre uma edição e outra. Com a mudança no calendário da Copa do Mundo de 2022, especialistas e entusiastas do esporte começaram a debater se o evento seria mais conveniente no final do ano.

A presença da principal competição de seleções em todo o mundo abriu outras possibilidades para quem gosta de acompanhar o futebol mundial. Isso se deve ao fato de boa parte das competições sul-americanas terminarem nos meses de novembro e dezembro. Dessa forma, a presença da Copa do Mundo é vista com bons olhos pelos brasileiros.

Por outro lado, as competições na Europa continuam a todo o vapor. As Ligas de futebol no velho continente têm um calendário distinto do brasileiro. De maneira resumida, a Copa do Mundo no final do ano possui vantagens e desvantagens. Independentemente de ser a favor ou contra, é inegável que a mudança no calendário gerou novas possibilidades para a FIFA.

 

Bom para os clubes brasileiros

 

Dentre as análises sobre as mudanças que a Copa do Mundo no final do ano causou, o principal destaque ficou por conta do impacto reduzido que a alteração teve no calendário do futebol brasileiro. Por exemplo, Pedro foi convocado por Tite e, caso o Flamengo estivesse no meio do Campeonato Brasileiro, poderia sentir falta da ausência do atleta.

Por mais que a principal competição do Brasil tivesse uma pausa, devido à Copa do Mundo, Pedro jogaria em outro esquema tático e com outros atletas por um tempo. Isso, por sua vez, impactaria totalmente o rendimento do jogador, ao voltar para o cenário brasileiro. Afinal, os jogadores no Brasil teriam descansado e, no máximo, disputado algum treino, enquanto o atacante do rubro-negro carioca manteria seu ritmo ao longo de todo o período de recesso no Brasil.

Vale ainda destacar a possibilidade de lesão, que inclusive esteve presente e chegou a retirar atletas como Gabriel Jesus e Alex Telles do elenco da seleção brasileira na Copa do Catar. Para um clube brasileiro, por exemplo, uma lesão de um atleta no final do ano impactaria muito menos do que uma no meio da temporada, pois comprometeria totalmente a sequência dos jogos finais dentro do Brasileirão, Copa do Brasil e Libertadores.

 

Ruim para os europeus

 

Apesar de ser positivo para os clubes brasileiros, o fato da Copa do Mundo de 2022 ser realizada no final do ano é ruim para os clubes europeus. Ligas como a Premier League, La Liga, Serie A e Bundesliga começam no final do ano e terminam no meio do ano seguinte.

Com isso, diversos de seus atletas interrmperam suas competições e estão apenas treinando nesse meio tempo e outros jogadores, como Erling Haaland, receberam propostas de equipes como o Ashton United para continuarem jogando, mesmo durante a pausa de suas competições. Soma-se a isso, o fato de que, caso algum jogador se lesionasse durante a Copa do Mundo, causaria um grande impacto no futuro do time em suas respectivas Ligas.

Portanto, reaoizar uma Copa do Mundo no meio do ano é benéfica para alguns e ruim para outros. O mesmo pode-se dizer caso a competição aconteça no final do ano, como temos a oportunidade de presenciar na Edição de 2022 no Catar.

 

Foto de capa: Divulgação

 

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João Corneta

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