A HISTÓRIA DO CAMPEONATO BRASILEIRO
A história do Campeonato Brasileiro é repleta de mitos e fatos curiosos. Talvez o mais correto aqui seja: a história dos “Títulos Brasileiros” e, no caso, de Primeira Divisão.
O Brasileirão é considerado por muitos historiadores, pesquisadores e imprensa especializada como o mais disputado do mundo, pelo fato de contemplar diversos clubes com reais possibilidades de conquistar o título, a cada nova edição. O que é diferente de ser o melhor, pois o seu nível técnico diminuiu muito a partir dos anos 1990, com o êxodo dos principais jogadores brasileiros para a Europa e, depois de alguns anos, para a Ásia.
A primeira edição foi realizada em 1959*, na época, denominada Taça Brasil. Tinha como objetivo indicar o campeão brasileiro e o vice para a disputa da “Copa dos Campeões da América” de 1960, ou Taça Libertadores da América, nome da competição a partir de 1965.
Na ocasião, a Taça Brasil reuniu 16 campeões estaduais (o Brasil possuía 24 estados, mais o Distrito Federal, na década de 1950) e o Esporte Clube Bahia tornou-se o primeiro Campeão Brasileiro ao vencer na final, em uma disputada série melhor de três partidas, o poderoso Santos de Pelé.
*Em 2023 a CBF reconheceu o Torneio dos Campeões de 1937, vencido pelo Atlético-MG, como sendo um título brasileiro.
E 1971? Não foi a primeira edição?
Até 2010 o Atlético-MG era considerado pela CBF como o primeiro campeão brasileiro, ao vencer o triangular final contra Botafogo e São Paulo em 1971. Porém, em dezembro de 2010, a Entidade unificou todos os títulos brasileiros, desde 1959. Veja bem, “títulos brasileiros” e não, as competições ao logo desse período. Porém, todas elas elegiam oficialmente o “campeão brasileiro” de cada ano/temporada.
A unificação dos títulos se baseou no Dossiê produzido pelo jornalista e historiador Odir Cunha, que realizou uma pesquisa aprofundada sobre os campeões da Taça Brasil (1959 a 1968), do Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1967) e da Taça de Prata (1968 a 1970), a pedido dos seis clubes campeões nesse período: Bahia, Botafogo, Cruzeiro, Fluminense, Palmeiras e Santos.
Copa União: a polêmica de 1987. Dois campeões?
O consenso sobre o título brasileiro de 1987, confrontando a famosa Copa União – Torneio João Havelange, organizado pelo “Clube dos 13” e a Copa Brasil – Torneio Roberto Gomes Pedrosa, organizado pela CBF, provavelmente nunca existirá. Sport e Flamengo disputaram durante décadas na Justiça, quem foi o campeão daquele ano.
Em 4 de março de 2016 o Flamengo sofreu uma dura derrota, quando o STF (Supremo Tribunal Federal) negou o seu pedido de reconhecimento do título brasileiro da Copa União. Com a decisão, o Sport foi declarado como único campeão brasileiro daquele ano. Decisão essa que foi ratificada em 18 de abril de 2017, quando o STF negou novamente o recurso do clube carioca, por 3 votos a 1. Saiba mais aqui.
Torna-se fundamental, todavia, conhecermos o contexto histórico da época e como terminou o Campeonato Brasileiro do ano anterior (1986).
Sem nenhuma condição
A CBF, entidade organizadora da competição, desde 1979 (entre 1959 e 1978 era CBD – Confederação Brasileira de Desportos), declarou publicamente na época, que “não tinha condições financeiras e estruturais para realizar a próxima edição”, isto é, 1987.
Por esse motivo, foi criada em 11 de julho de 1987, a União dos Grandes Clubes do Futebol Brasileiro, ou simplesmente, Clube dos 13, que teve Flamengo e São Paulo como idealizadores. (Mais informações e dados referentes à Copa União aqui).
A ideia era que os próprios clubes organizassem a principal competição do país, como é feito hoje, por exemplo, nas principais Ligas do mundo. Faziam parte do Clube dos 13: Atlético-MG, Cruzeiro, Grêmio, Internacional, São Paulo, Santos, Palmeiras, Corinthians, Flamengo, Vasco, Fluminense e Botafogo. Em seguida, foi incluído o Bahia para que a nova Liga tivesse o seu representante do Nordeste.
Para a realização da competição foram chamados ainda: Coritiba, Goiás e Santa Cruz, contemplando também a Região Centro-Oeste e formando então, os 16 clubes com as maiores torcidas da época, e que disputariam o Campeonato Brasileiro de 1987. Tudo resolvido? Claro que não.
Durante as negociações para a realização do campeonato, o Clube dos 13 conseguiu o patrocínio inédito de uma marca para quase todos os clubes da Copa União: a Coca-Cola. (Mais detalhes aqui). Além disso, fechou também com outras grandes marcas como VASP e Açúcar União, que deu nome à competição, além da Rede Globo. Tal façanha despertou o interesse da CBF, que já havia chancelado a Copa União e declarado publicamente que não tinha competência para realizar a edição de 1987. Mas agora, milagrosamente, tinha.
Detalhe para a propaganda da época onde apenas 6 clubes não estampavam o logo da Coca-Cola em suas camisas, devido aos acordos anteriores com outros patrocinadores: Corinthians (Kalunga), Flamengo (Petrobras), Internacional (Aplub), Palmeiras (Agip), Santos (Suvinil) e São Paulo (BIC). Todos os 6 estrategicamente posicionados na última fileira da foto.
(Veja o Álbum de Figurinhas da Copa União aqui).
Dois clubes chamam a atenção em relação às aplicações do logo da Coca-Cola em suas camisas: Vasco, com o logo na diagonal e o Grêmio, com um box “vermelho” em sua camisa, fato que seria “corrigido” depois com a inédita (até então) aplicação da Coca-Cola em preto. Menção honrosa às aplicações do logo nas camisas (barrigas) de Coritiba e Santa Cruz.
Abaixo, o comercial de TV que veiculou na emissora que transmitiu todo o Campeonato de 1987, a Rede Globo. Peço desculpas pela qualidade do video:
Ziraldo e a criação das mascotes para 1987
O cartunista Ziraldo, que possui um dos traços mais famosos do mundo, teve a missão de criar 16 mascotes para a Copa União.
(Confira a entrevista de Ziraldo para a Revista Placar, em maio de 1988).
De volta às polêmicas, outros pontos determinantes para a confusão que dura até hoje em torno da Copa União, foram os critérios de participação adotados pelo Clube dos 13, que desconsideraram, por exemplo, o vice-campeão de 1986: o Guarani de Campinas. Esses critérios foram elitistas e autoritários num primeiro momento, mas é importante percebermos que os clubes fundadores da nova Liga representavam também, mais de 90% dos torcedores brasileiros da época. O cenário de guerra estava armado, enfim.
Para conhecer todo o Regulamento de 1986, assista ao video que se encontra no final dessa matéria, do Canal do jornalista, Ubiratan Leal. Aliás, assista a todos os videos para entender, de fato, a história e as polêmicas envolvendo os dois Campeonatos de 1987: Copa União e Copa Brasil.
Neste link, você poderá conferir ainda, toda a cronologia/desdobramentos, desde 1986, passando pelo ano de 1987 e até o ano de 2018, referentes aos recursos e sentenças para definição do campeão brasileiro de 1987. O apanhado faz parte do livro, 1987: a História Definitiva, de Pablo Duarte Cardoso, um resgate com riqueza de detalhes da maior controvérsia na história do futebol brasileiro. Outro livro importante na interpretação dos fatos é 1987: de fato, de direito e de cabeça, dos autores André Gallindo e Cassio Zirpoli: link.
Afinal, a “Taça das Bolinhas” é de quem?
Flamengo e São Paulo disputam na Justiça até o momento a posse em definitiva do Troféu Caixa Econômica Federal, conhecido popularmente como “Taça das Bolinhas“. O troféu foi criado em 1975 pelo escultor Mauricio Salgueiro, encomendado pelo Banco (Caixa) e seria oferecido em parceria com a CBD (a CBF viria a ser criada somente em 1979) a todos os campeões brasileiros a partir daquela edição. O troféu possuía um caráter transitório, ficando em posse do campeão até a edição seguinte. O primeiro clube que se sagrasse tricampeão consecutivo ou fosse cinco vezes campeão, alternadamente, ficaria com a sua posse definitiva.
Entretanto, se considerarmos a unificação de todos os títulos brasileiros, o troféu possuirá um novo pretendente, em tese: o Santos Futebol Clube, tricampeão em 1961-62-63, conseguindo atingir o pentacampeonato em 1964 e 1965. Enquanto nada é resolvido, o troféu permanece no cofre da Caixa Econômica Federal, o que é muito emblemático, quando estudamos a história do futebol “extracampo” no Brasil.
Retornando aos gramados
Ao longo dos anos o nome e o sistema de disputa das competições que elegiam os campeões brasileiros foram alterados incessantemente pela CBD (1959 a 1978) e pela CBF (desde 1979). Em 1967 e 1968 foram realizados dois Campeonatos, cenário similar aos Torneios “Clausura” e “Apertura”, muito utilizados pelos sul-americanos e também pelo México ao longo de suas histórias.
Curiosidade: a nomenclatura “Campeonato Brasileiro” seria adotada oficialmente apenas em 1989, ano em que o Vasco da Gama se sagrou campeão, vencendo o São Paulo na final. Abaixo todas as mudanças de nome até hoje:
• 1937* = Torneio dos Campeões
• 1959 a 1968 = Taça Brasil
• 1967 = Torneio Roberto Gomes Pedrosa
• 1968 a 1970 = Torneio Roberto Gomes Pedrosa | Taça de Prata
• 1971 a 1974 = Campeonato Nacional de Clubes
• 1975 a 1979 = Copa Brasil
• 1980 a 1983 = Taça de Ouro
• 1984 = Copa Brasil
• 1985 = Taça de Ouro
• 1986 = Copa Brasil
• 1987** = Copa União – Torneio João Havelange (Módulo Verde) | Copa Brasil – Torneio Roberto Gomes Pedrosa (Módulo Amarelo)
• 1988 = Copa União – Copa Brasil de Futebol
• 1989 a 1999 = Campeonato Brasileiro
• 2000 = Copa João Havelange
• 2001 e 2002 = Campeonato Brasileiro
• 2003 em diante = Campeonato Brasileiro – Série A
*Torneio dos Campeões – 1937:
No dia 25 de agosto de 2023, o título do Torneio dos Campeões foi unificado pela CBF aos títulos brasileiros conquistados a partir de 1959, a pedido do Atlético-MG, que havia entregue um dossiê sobre 1937 à entidade, um ano antes.
O Torneio dos Campeões, conhecido também por “Copa Campeão dos Campeões” ou ainda, “Copa dos Campeões Estaduais”, foi um torneio promovido em 1937 pela “FBF – Federação Brasileira de Football”, que se uniria mais tarde à “CBD – Confederação Brasileira de Desportos” e, no ano de 1979, se tornaria a atual CBF. O torneio teve a participação dos campeões de 1936 das Ligas dos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo, além das equipes: Liga de Sports Marina (convidado) e Sport Club Aliança (campeão campista), eliminados na fase preliminar.
Naquela época, a divisão regional do Brasil era diferente. Minas, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia e Sergipe formavam a “Região Oriental”. Já São Paulo, fazia parte da “Região Meridional”. Foi o segundo torneio entre campeões estaduais, organizado pela FBF, sendo precedido pelo “Torneio dos Campeões” em 1920, quando o Club Athletico Paulistano foi o campeão. Com quatro vitórias, um empate e uma derrota, o Atlético-MG ficou com o título e o Fluminense repetiu o 2º lugar de 1920. Você pode conferir todos os detalhes do Torneio dos Campeões de 1937 aqui.
**Copa União | Copa Brasil – 1987:
A edição de 1987 foi separada em duas competições simultâneas: “Copa União – Torneio João Havelange”, realizada pelos clubes (Módulo Verde) e “Copa Brasil – Torneio Roberto Gomes Pedrosa”, realizada pela CBF (Módulo Amarelo). A ideia (proposta após a definição da Copa União como sendo a competição nacional daquele ano, e que teve a aprovação da CBF para isso), era promover um quadrangular final entre os campeões e vices de cada competição: Flamengo e Inter (Módulo Verde) e Sport e Guarani (Módulo Amarelo). Dessa forma, determinar os dois participantes brasileiros na Copa Libertadores da América de 1988, fato que não aconteceu na época e que gera muita polêmica até hoje, em relação ao título de “Campeão Brasileiro” daquele ano. Na oportunidade, Flamengo e Internacional se recusaram a disputar o quadrangular contra Sport e Guarani.
Importante registrar também que a final do Módulo Amarelo não terminou dentro de campo. Após uma vitória para cada lado (Guarani 2×0, em 6 de dezembro de 1987 e Sport 3×0, sete dias depois) e um empate em 0x0 na prorrogação do segundo jogo, Sport e Guarani decidiram encerrar a disputa de pênaltis, quando essa estava empatada em 11 a 11, e ambos, “compartilharam” o título do Módulo Amarelo.
Em 22 de janeiro de 1988, o Guarani desistiu do título e a CBF declarou o Sport como o campeão do Módulo Amarelo de 1987. (Mais detalhes aqui).
No post abaixo, o troféu oficial da CBF, oferecido aos dois campeões e os troféus da Revista Placar (Copa União | Torneio João Havelange – Módulo Verde) e da Caixa Econômica Federal “Taça das Bolinhas” (Copa Brasil | Torneio Roberto Gomes Pedrosa – Módulo Amarelo). Confira também no post a classificação final nas duas competições:
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Vale a reflexão
Juridicamente e legitimamente são duas coisas distintas que podem ou não ser a mesma coisa. Outro ponto importante para o entendimento de tudo o que aconteceu, há mais de 30 anos:
Fatos históricos não mudam com o tempo, decisões em tribunais, sim, dependendo dos interesses políticos ou econômicos de cada gestão e das habilidades e influências dos respectivos advogados contratados.
Quando resgatamos um periodo histórico é fundamental que o analisemos com a cabeça da época, como era a relação da competição com os clubes, torcedores, midia, imprensa e sociedade em geral, naquela ocasião. Qual era o propósito daquela competição quando foi criada e, principalmente, disputada dentro de campo.
E mais: saber sobre os critérios de participação, abrangência, qualificação ou não para outras competições, se haviam outras equivalentes durante aquele período de disputa, a infraestrutura do país (locomoção, estradas, rios, aeroportos e viagens), a noção de cidadania (país/nação) que existia, etc. Não devemos avaliar um período ou competição, por exemplo, com julgamentos a partir do nosso presente.
Diante de toda a pesquisa realizada é sensato dizer e, talvez seja o mais justo, reconhecer que tivemos dois campeões brasileiros em 1987: um de fato e outro de direito.
O Paradoxo de 1987
E aqui temos, por capricho dos Deuses, um paradoxo em relação ao “único” campeão brasileiro de 1987. Toda a argumentação do Sport foi construída com base no regulamento da competição daquele ano, assinado por Eurico Miranda (Vasco), representante do Clube dos 13 em reunião com a CBF, mas que nunca teve a aceitação dos demais clubes da “Nova Liga”, em relação à definição do campeão brasileiro. Diziam que haviam concordado com o cruzamento, entre os Módulos Verde e Amarelo, para definição dos representantes brasileiros para a Libertadores do ano seguinte e não, para eleger o campeão.
É exatamente nessa construção por meio jurídico que o Sport poderia “perder” o direito ao título brasileiro, pois o quadrangular final, chamado de Copa Brasil e realizado apenas por Sport e Guarani, não terminou em 1987 e sim, em 7 de fevereiro de 1988.
Pelo regulamento da competição e também pela CND – Conselho Nacional de Desportos (orgão responsável pela regulação e regulamentação de todos os esportes e suas respectivas Federações e Confederações no Brasil, entre 1941 e 1993), uma competição nacional teria que começar e terminar no mesmo ano. Não fosse o bastante, como já foi dito aqui, o “Módulo Amarelo” não teve um campeão “dentro em campo”, pois Sport e Guarani decidiram interromper a disputa por pênaltis e “dividir” o título, que foi ratificado (extracampo) pela CBF em 22 de janeiro de 1988. Outro ponto que contradizia o regulamento e as próprias diretrizes da CND.
Porém, o Flamengo lidou com um certo descaso e soberba a todas as investidas do Sport para ter o seu reconhecimento como campeão brasileiro e, durante o decorrer das sentenças (contra e a favor), como único campeão brasileiro de 1987.
No final, o clube pernambucano conseguiu o reconhecimento, exclusivamente por parte da entidade (CBf), como sendo o único campeão de 1987. Porém, como já dissemos aqui, fatos históricos são mais importantes do que decisões jurídicas quando o objeto de estudo se refere à história, cabendo ao jornalista, pesquisador ou historiador, absorver essas nuances.
Acompanhando a cronologia dos acontecimentos (dentro e fora de campo) e pesquisando a fundo todos os cenários esportivo, cultural, midiático e jurídico em torno de 1987, percebemos que, o que estava em jogo era o cumprimento das leis, a habilidade dos advogados, os interesses políticos e não, o resgate do que aconteceu, de fato, em 1987. E ainda, como as duas competições, principalmente a Copa União, impactaram e mobilizaram o Brasil em relevância e significado.
Importante frisar: o cumprimento das leis é fundamental e necessário em qualquer sociedade democrática, mas não é determinante para eliminar ou maquiar fatos ou acontecimentos.
Confira no video abaixo: imagens e lances da final, o gol “legal” anulado do Guarani, a disputa por pênaltis, a cobrança que daria o título ao Bugre e a invasão de campo por parte do presidente do Sport, Homero Lacerda:
Paralelos entre o Campeonato Brasileiro e a Seleção
Um ponto interessante é perceber que os avanços e mudanças significativas na estrutura do Campeonato Brasileiro seguiram uma relação, consciente ou não, com as conquistas da seleção brasileira em Copas do Mundo.
Em 1958 o Brasil era campeão mundial pela primeira vez vencendo a anfitriã, Suécia. No ano seguinte, foi realizada a primeira competição com abrangência nacional no país, a Taça Brasil de 1959. Um ano após o tricampeonato mundial, conquistado no México em 1970, na final antológica contra a Itália (veja a animação stopmotion do quarto gol do Brasil marcado por Carlos Alberto Torres), a competição sofreu seu primeiro avanço institucional e midiático, que abrangeu os anos de 1971 a 2002. Finalmente, após o Penta em 2002, a competição passou a ser disputada no critério de pontos corridos, com jogos de ida e volta, fórmula utilizada desde 2003.
Todos os modelos de troféus entregues aos Campeões Brasileiros
No post abaixo, os modelos de todos os troféus entregues aos campeões brasileiros, com os periodos e nomenclaturas respectivas de cada um:
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Dodeca, Octos e Invictos!
A partir da Unificação dos Títulos Brasileiros o Palmeiras se tornou o maior campeão da história com doze conquistas, seguido por Santos e Flamengo, ambos com oito títulos, cada (contabilizando 1987 com dois campeões) e pelo Corinthians, com sete. O Internacional, tido como o único campeão invicto até 2010, façanha alcançada em 1979, ganhou as companhias de Palmeiras (1960), Santos (1963, 1964 e 1965) e Cruzeiro (1966).
Desde 1971, quando o Campeonato Brasileiro passou a contar com as divisões de acesso, apenas Flamengo e São Paulo nunca foram rebaixados da elite do futebol nacional. Cruzeiro e Chapecoense completavam essa lista até 2019, quando ambos foram rebaixados pela primeira vez e o Santos, até 2023, quando foi rebaixado em uma das edições mais disputadas até hoje.
As 13 maiores campanhas da Era dos Pontos Corridos (2003 a 2023)
1ª Cruzeiro – 2003: 100 pts (72% de aproveitamento). Nessa 1ª Edição foram 24 equipes e 46 jogos. A partir de 2006 as Edições tiveram 20 clubes;
2ª Flamengo – 2019: 90 pts (78% de aproveitamento). 20 equipes e 38 jogos;
3ª Atlético-MG – 2021: 84 pts (73,7% de aproveitamento). 20 equipes e 38 jogos;
4ª Corinthians – 2015: 81 pts, 24 vitórias, 71 gols (71% de aproveitamento). 20 equipes e 38 jogos;
5ª Palmeiras – 2022: 81 pts, 23 vitórias, 66 gols (71% de aproveitamento). 20 equipes e 38 jogos;
6ª Cruzeiro – 2014: 80 pts, 24 vitórias, 67 gols (70% de aproveitamento). 20 equipes e 38 jogos;
7ª Palmeiras – 2016: 80 pts, 24 vitórias, 62 gols (70% de aproveitamento). 20 equipes e 38 jogos;
8ª Palmeiras – 2018: 80 pts, 23 vitórias (70% de aproveitamento). 20 equipes e 38 jogos;
9ª São Paulo – 2006: 78 ptos (68% de aproveitamento). 20 equipes e 38 jogos;
10ª São Paulo – 2007: 77 pts, 23 vitórias (67% de aproveitamento). 20 equipes e 38 jogos;
11ª Fluminense – 2012: 77 pts, 22 vitórias (67% de aproveitamento). 20 equipes e 38 jogos;
12ª Cruzeiro – 2013: 76 pts (66% de aproveitamento). 20 equipes e 38 jogos;
13ª São Paulo – 2008: 75 pts (65% de aproveitamento). 20 equipes e 38 jogos.
Top 31 dados mais significativos sobre a história do Brasileirão (de 1959 a 2023).
O Futbox apresenta, pela primeira vez na história, o levantamento completo dos Campeonatos/Títulos Brasileiros, contabilizando todos os dados de pontuações, vitórias, derrotas, gols e participações, desde 1959 e ainda, incluindo o Torneio dos Campeões de 1937 e os dois campeonatos realizados em 1987: Copa União e Copa Brasil, com Flamengo e Sport campeões brasileiros, respectivamente.
Importante compreender que todas as competições realizadas entre 1959 e 2023 foram as responsáveis por eleger os campeões brasileiros desse periodo. Talvez a maior polêmica esteja na unificação de 1937, mas, como o título foi homologado pela CBF, esse se encontra presente e contabilizado nesse levantamento.
1) Participações:
Foram realizadas até hoje 70 edições de competições que determinaram os Campeões Brasileiros até 2024, incluídas, a Copa União e a Copa Brasil de 1987 e o Torneio dos Campeões de 1937. Santos e Grêmio são os clubes que mais participaram (65), seguidos pelo Atlético-MG (63), Cruzeiro e Palmeiras (62), Botafogo, Flamengo e Fluminense (60), Internacional (59), São Paulo (58), Corinthians e Vasco (56), Bahia (52), Athletico-PR (47), Goiás (44), Coritiba (43), Sport (42), Vitória (40), Portuguesa-SP (35), Náutico (33), Guarani-SP (29), Paysandu (27), Fortaleza (26), Ceará e Santa Cruz (25), Ponte Preta-SP (24) e ainda, América-MG, América-RJ e Juventude-RS (19).
2) Número de Jogos:
O Santos perdeu a liderança para o Flamengo, sendo o rubro-negro o clube que mais jogou (1.679 partidas). O alvinegro praiano caiu ainda para o quinto lugar, devido ao rebaixamento em 2023. O segundo lugar passou a ser do Atlético-MG (1.671), seguido do São Paulo (1.667), Internacional (1.652), Santos (1.645), Grêmio (1.642), Corinthians (1.634), Fluminense (1.608), Palmeiras (1.594), Cruzeiro (1.574), Botafogo (1.515), Vasco (1.500), Athletico-PR (1.329), Bahia (1.221), passando o Goiás (1.184), Coritiba (1.160), Sport e agora o Vitória, ambos com (1.010), cada, Portuguesa-SP (787), Guarani-SP (709), Ponte Preta-SP (691), Náutico (648), Fortaleza (580), passando o rival, Ceará (574), Juventude-RS (565) e Figueirense (557).
3) Número de Vitórias:
O Palmeiras superou o São Paulo na edição de 2023 e mantém a liderança, desde então, sendo o clube que mais venceu, com 737 vitórias. O tricolor paulista soma 727, seguido pelo Internacional (719), que passou o Atlético-MG (718), Flamengo (717), Grêmio (698), Corinthians (685), superando o Santos (683), Cruzeiro (667), Fluminense (627), Vasco (562), Botafogo (558), Athletico-PR (499), Bahia (405), que passou o Goiás (404) e o Coritiba (400), Sport (335), Vitória (332), Guarani-SP (269), Portuguesa (260) e e Ponte Preta-SP (250).
4) Número de Derrotas:
O clube que mais perdeu continua sendo o Fluminense, com 571 derrotas, seguido do Botafogo (522), Grêmio (498), Flamengo (495), Santos (494), Atlético-MG e Vasco (491), Athletico-PR (480), Cruzeiro (471), Internacional (468), Corinthians (461), Coritiba (453), São Paulo (451), Goiás (450), Bahia (444), Palmeiras (424), Vitória (411), Sport (398), Náutico (290), Portuguesa (278), Ponte Preta-SP (260), Juventude-RS (228) e Fortaleza (227).
5) Número de Pontos:
O clube que mais pontuou na história (1937 + 1959 a 2024, incluídos Copa União e Copa Brasil de 1987) foi o São Paulo com 2.444 pontos, seguido do Internacional (2.391), Palmeiras (2.383) e Flamengo (2.375), os três superando o Atlético-MG (2.367), Corinthians (2.313), que passou o Santos (2.289), Grêmio (2.286), Cruzeiro (2.206), Fluminense (2.114), Vasco (1.915), Botafogo (1.913), Athletico-PR (1.757), Goiás (1.439), Bahia (1.403), superando o Coritiba (1.363), Sport (1.161), Vitória (1.154), Portuguesa (900), Guarani-SP (889), Ponte Preta-SP (860), Fortaleza (674) e Juventude-RS (672).
6) Gols Marcados:
O São Paulo também é o clube que mais balançou as redes na história, 2.428 vezes, seguido pelo Atlético-MG (2.418), que passou o Santos (2.375), Palmeiras (2.357), Flamengo (2.350), Cruzeiro (2.225), Internacional (2.223), Grêmio (2.192), Fluminense, que empatou com o Corinthians, (2.125), cada, Vasco (2.027), Botafogo (1.912), Athletico-PR (1.716), Goiás (1.485), Bahia (1.378), superando o Coritiba (1.344), Vitória (1.210), Sport (1.133), Portuguesa (962), Guarani-SP (898) e Ponte Preta-SP (870).
7) Gols Sofridos:
O Atlético-MG mantém a liderança, sendo o clube que mais sofreu gols, 1.937 no total, seguido do Fluminense (1.918), Flamengo (1.889), que passou o Santos (1.867), Vasco (1.837), superando o Botafogo (1.822), São Paulo (1.761), Cruzeiro (1.758), Grêmio (1.755), Corinthians (1.715), Palmeiras (1.687), Internacional (1.681), Athletico-PR (1.624), Goiás (1.538), Bahia (1.490), Coritiba (1.435), Vitória (1.412), Sport (1.252), Portuguesa (973), Ponte Preta-SP (923), Náutico (902), Juventude-RS (803) e Guarani-SP (797).
8) Maiores Públicos:
1983: Flamengo vs Santos (155.523 pessoas), 1980: Flamengo vs Atlético-MG (154.335), 1976: Fluminense vs Corinthians (146.043). Enquanto isso, o menor público (da história recente do Campeonato Brasileiro) é de 1997: Juventude e Portuguesa, apenas 55 “testemunhas”.
9) Maiores Goleadas:
As cinco maiores goleadas até 2022: Corinthians 10×1 Tiradentes-PI (1983), Vasco 9×0 Tuna Luso-PA (1984), Santos 9×2 Bahia (1968), Fluminense 8×0 Fonseca-RJ (1960) e Grêmio 8×0 Perdigão-SC (1967).
10) Maiores Artilheiros – Uma Edição:
Os maiores artilheiros em uma única edição: Washington, pelo Atlético-PR em 2004 (34 gols), Dimba, Goiás em 2003 (31), Edmundo, Vasco em 1997 (29), Reinaldo, Atlético-MG em 1977 (28) e Guilherme, também pelo Galo, em 1999 (28).
11) Maiores Artilheiros, desde 1959:
1º) Roberto Dinamite: 190 gols (artilheiro de 1974 e 1984)
2º) Fred: 158 (em atividade)
3º) Romário: 154 (artilheiro de 2001 e 2005 quando foi o jogador mais velho a ser o goleador do Brasileirão: 22 gols em 31 jogos aos 39 anos)
4º) Edmundo: 153 (jogador que marcou mais gols em um único jogo: 6 contra o União São João, em 1997) e Zico (153)
6º) Diego Souza: 130
7º) Túlio Maravilha: 129
8º) Dadá Maravilha e Serginho Chulapa: 127, cada
10º) Washington: 126
11º) Luís Fabiano: 116
12º) Gabigol: 113
13ª) Wellington Paulista: 109
14ª) Paulo Baier e Alecsandro: 105, cada
16ª) Kléber Pereira: 102
17ª) Pelé: 101
12) O primeiro gol da história do Brasileirão foi de Alencar (Bahia) contra o CSA, em 1959.
13) O clube que mais pontuou em um único Campeonato Brasileiro foi o Cruzeiro em 2003, total de 100 pontos conquistados em 46 rodadas. Em 2019, o Flamengo marcou 90 pontos em 38 rodadas. Em 2021 o Atlético-MG marcou 84 pontos em 38 rodadas. Em 2015 (Corinthians) e 2022 (Palmeiras), marcaram 81 pontos em 38 rodadas, superando o Cruzeiro em 2014 e o Palmeiras em 2016 com 80 pontos em 38 rodadas, cada.
14) O clube que mais marcou gols em uma única edição foi o Santos em 2004, recorde de 103 gols.
15) A Chapecoense é o clube com a pior campanha da “Era dos Pontos Corridos”, marcando apenas 15 pontos em 2021. Logo em seguida vem o América-RN com 17 pontos em 2007, Náutico (20 pts em 2013), Avaí (20 ptos em 2019), Juventude-RS (22 ptos em 2022), Paraná (23 ptos em 2018), América-MG (24 pontos em 2023) e Botafogo (27 ptos em 2020).
16) Em 2013, o Cruzeiro se tornou o único clube a vencer todos os adversários do Campeonato Brasileiro, pelo menos uma vez.
17) Em 2021 o Atlético-MG venceu 16 jogos seguidos como mandante.
18) Internacional e Atlético-MG detêm a maior sequência de vitórias: 9 no total. Em 2020, do time Colorado e do Galo, em 2021, seguidos pelo Cruzeiro com 8 vitórias em 2003 (duas sequências) e Flamengo, também com 8 vitórias (2019), além dos demais clubes com 7 vitórias seguidas: Santos (2004 e 2019), São Paulo (2007 e 2009), Corinthians (2011) e Palmeiras (2019 e 2021). Em 2023 o Botafogo conseguiu uma sequência de 6 vitórias consecutivas, seguido do Palmeiras com 5.
19) 1979 foi o ano em que mais times participaram do Brasileirão: 94 clubes na disputa.
20) Em 1974, Fluminense e Nacional (AM) se classificaram de fase por um quesito bem incomum: renda nos jogos.
21) O jogador mais velho a disputar uma partida do Brasileirão foi Zé Roberto, em 2017 pelo Palmeiras, na vitória contra o Botafogo por 2 a 0. Zé tinha 43 anos, 4 meses e 21 dias.
22) Três jogadores lideram a lista de maiores vencedores de títulos do Brasileirão: Pelé, Pepe e Lima. Os três vencerem seis títulos cada um, todos pelo Santos.
23) Dois técnicos são os recordistas de título do Campeonato Brasileiro. Vanderlei Luxemburgo (Palmeiras 1993/94, Corinthians 1998, Cruzeiro 2003 e Santos 2004) e Lula, ex-técnico do Santos (1961/62/63/64/65).
24) Apenas Santos, Flamengo e Botafogo venceram a Libertadores e o Campeonato Brasileiro no mesmo ano: O Peixe em duas ocasiões (1962 e 1963), Flamengo (2019) e Botafogo (2024).
25) 13 clubes venceram o Campeonato Estadual e o Brasileirão no mesmo ano: Bahia (1959 e 1988), Santos (1961, 1962, 1964, 1965 e 1968), Cruzeiro (1966, 2003 e 2014), Botafogo (1968), Palmeiras (1972, 1993, 1994, 2022 e 2023), Inter (1975 e 1976), Fluminense (1984 e 2012), São Paulo (1991), Grêmio (1996), Corinthians (1999 e 2017), Athletico-PR (2001), Flamengo (2009, 2019 e 2020) e Atlético-MG (2021).
26) Apenas Cruzeiro e Atlético-MG venceram a Tríplice Coroa Nacional: Campeonato Estadual (Mineiro, no caso), Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro, feitos conquistados em 2003 pela Raposa e em 2021 pelo Galo, que venceu também a Supercopa do Brasil, em 2022.
27) Em 2020 o Flamengo conquistou a Quádrupla Coroa: (Campeonato Carioca, Supercopa do Brasil, Recopa Sul-Americana e Campeonato Brasileiro) se igualando ao Santos (1962: Campeonato Paulista, Taça Brasil, Copa Libertadores e Copa Intercontinental) e (1963: Torneio Rio-SP, Taça Brasil, Copa Libertadores e Copa Intercontinental), além do São Paulo (1993: Supercopa da Libertadores, Copa Libertadores, Copa Europeia/Sul-Americana e Recopa Sul-Americana).
28) O Vitória é o clube mais vezes rebaixado para a Série B, seis vezes: 1982, 1991, 2004, 2010, 2014 e 2018.
29) Goiás e Cruzeiro protagonizaram o jogo com o maior número de expulsões da história do Brasileirão. Foram 14 na mesma partida em 1979.
30) A edição de 2023 teve a maior média de público da história. Nos 368 jogos com torcida (12 foram com portões fechados), a média foi de 26.524 pagantes por partida, com um total de 9,7 milhões de torcedores nos estádios. O recorde pertencia à edição de 1983, que teve 22.953 pagantes por jogo.
31) Segundo a IFFHS (Federação Internacional de História e Estatística do Futebol), o Campeonato Brasileiro é um dos três mais difíceis do mundo. O critério para determinar isso é de acordo com o ranking da própria entidade que usa como base os desempenhos dos cinco melhores times de cada país em torneios nacionais e internacionais. Apenas o Espanhol e o Inglês superam o Brasileirão – Série A, em uma lista com mais de 90 Ligas.
A lista detalhada com todos os campeões brasileiros, de 1937 e entre 1959 e 2023, no Portal do Futbox.
Documentários e entrevistas
1 – O Campeonato anterior de 1986: cenário armado para a confusão que viria:
2 – Entrevista do historiador Odir Cunha ao Canal SporTV, em 2011. Cerimônia de entrega dos Troféus e faixas aos campeões brasileiros de 1959 a 1970:
3 – Matéria sobre a unificação dos títulos brasileiros:
4 – Veja também o documentário sobre a Copa União de 1987:
5 – Para quem gosta de polêmica, um estudo amplo sobre o regulamento de 1987:
“Resgatar o passado significa assegurar o nosso presente para as gerações futuras.”
Fontes:
• FUTBOX.com
• Dossiê: Unificação dos Títulos Brasileiros a partir de 1959 (Odir Cunha e José Carlos Peres)
• RSSSF Brasil
• Trivela – História do Brasileirão na TV
• Trivela – Crise, revolução e traição: a história da Copa União de 1987
• Campeões do Futebol
• Wikipedia.org
• CBF.com.br
• FutDados.com
• Espião Estatístico (GE)
• Mantos do Futebol
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