Juninho Pernambucano, o Reizinho em oito capítulos

Ídolo por onde passou, Juninho Pernambucano anunciou a aposentadoria no final de janeiro. Nessa segunda-feira, 3 de fevereiro, o Reizinho concedeu entrevista coletiva, chorou e relembrou alguns momentos de sua carreira.

O Blog do FUTBOX selecionou oito (número com que o craque tinha mais identificação) momentos marcantes na carreira de Juninho Pernambucano, o Reizinho.

 

1) A estreia como profissional: 11 de novembro de 1993

Fluminense e Sport empataram sem gols no Estádio das Laranjeiras. Mal imaginavam os torcedores que lá estiveram que nascia ali, um dos grandes nomes do futebol brasileiro. Antônio Augusto Ribeiro Reis Júnior, ou simplesmente Juninho. Reparem: ele tem “Rei” até no nome.

Juninho começou no banco e entrou no decorrer da partida no lugar do atacante Bizu.

 

Juninho Pernambucano_1994

ídolo do esporte – 1994

2) O primeiro título: 16 de junho de 1994

Final do Campeonato Pernambucano de 94. No jogo de ida, o Sport já havia vencido o Náutico por 1×0. Em casa, na Ilha do Retiro, o Leão conquistou nova vitória: 2×0. Recheado de pratas da casa, esse time do Sport é considerado um dos melhores times da história do clube.

Além de Juninho, outros três jogadores passaram pela seleção brasileira. São eles: Chiquinho, Adriano e Leonardo.

Os “Menudos da Ilha”, como ficaram conhecidos, ainda conquistaram a Copa do Nordeste no final do ano.

 

3) O Gol Monumental: 22 de julho de 1998

No Monumental de Nuñez, River Plate e Vasco jogavam pela semifinal da Copa Libertadores. O clube argentino vencia por 1×0, placar que levava a partida para os pênaltis. Juninho, camisa 19, entrou aos 16 minutos do 2º tempo no lugar de Luizão. E na primeira oportunidade que teve, não decepcionou. De falta, marcou o gol que garantiu o Vasco na final. Relembre:

 

O gol de Juninho ficou eternizado na história do clube cruzmaltino. Tanto que até hoje, 15 anos depois, a torcida vascaína canta: “Contra o River Plate sensacional (gol de quem?). Gol do Juninho, monumental”.

 

4) O recordista – 7 de setembro de 1999

Onipresença é a capacidade de estar em todos os lugares ao mesmo tempo. Pelo menos por um dia, Juninho pareceu ser onipresente. Ele participou de um jogo entre Brasil e Argentina em Porto Alegre, e horas depois, defendeu o Vasco em uma partida contra o Nacional, em Montevidéu.

Dessa maneira, Juninho tornou-se o primeiro jogador de futebol da história a participar de duas partidas no mesmo dia e em países diferentes.

 

5) Final heroica – 20 de dezembro de 2000

Juninho já era Juninho Pernambucano. Isso tudo pela contratação de outro Juninho, o Paulista, pelo Vasco. A dupla homônima formava um meio-campo muito criativo. E lá na frente estava o velocista Euller e o matador Romário. Nada mal, não é mesmo?!

Final da Copa Mercosul: Palmeiras x Vasco. Uma vitória para cada lado e a decisão ficou para a 3ª partida, no Estádio Palestra Itália, em São Paulo. O 1º tempo acabou 3×0 para os anfitriões. A torcida palmeirense já dava como certo o título. Os gritos de “campeão” já haviam se espalhado pelas arquibancadas.

Mas o improvável aconteceu: com três gols do Baixinho e outro de Juninho Paulista, o Vasco virou a partida e calou aqueles que cantaram vitória antes do apito final.

 

6) Gol na Copa – 22 de junho de 2006

Juninho Pernambucano já brilhava há anos no Lyon (leia mais no próximo item), mas sua afirmação na seleção brasileira veio apenas em 2005, quando participou do time campeão da Copa das Confederações.

Em 2006, foi convocado para sua única Copa do Mundo. E logo na estreia, com uma bomba de fora da área, marcou o gol da virada do Brasil contra o Japão. Resultado final: 4×1. Confira matéria do jogo:

 

7) O Lyon agora é grande – 17 de maio de 2008*

Juninho Pernambucano chegou ao Lyon em 2001. Como ele mesmo admitiu, poucos brasileiros conheciam o clube francês. Só sabiam do PSG e do Olympique de Marselha. Mas o craque mudou de vez a história do Lyon e logo na sua temporada de estreia levou o clube a seu 1º título do Campeonato Francês.

Não bastasse a façanha, com Juninho, o Lyon chegou ao inédito heptacampeonato da Liga. É o quarto maior artilheiro na história do clube com 100 gols em 344 partidas.

* dia que o clube assegurou o heptacampeonato

 

8) Por um salário mínimo – 27 de abril de 2011

Por amor ao clube. Foi isso que motivou o retorno do Reizinho a Colina. Juninho Pernambucano abriu mão de seu alto salário no Al-Gharafa para defender o Vasco por um salário mínimo, na época R$ 545.

O anúncio oficial foi em 27 de abril de 2011. Pouco mais de dois meses depois, o ídolo reestreava com gol pelo clube cruzmaltino.

Juninho Pernambucano se despediu do Vasco em 2012. No ano seguinte, teve breve passagem pelo New York Red Bulls, dos Estados Unidos. Após alguns desentendimentos, voltou ainda em 2013 para encerrar a carreira pelo Gigante da Colina.

 

Algum outro momento marcante na carreira de Juninho Pernambucano? Escreva nos comentários.

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Gabriel Godoy

Jornalista; frustrou-se na tentativa de ser um jogador profissional; peladeiro; apaixonado por futebol de campo, de rua, de botão, de vídeo-game...

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