Logotipo da Copa do Mundo de 2026: seguro, porém incômodo
A Fifa apresentou ontem, quarta, 17 de maio, o logotipo da Copa do Mundo de 2026, durante o evento de lançamento no Griffith Observatory, em Los Angeles, uma das 16 cidades que sediarão o torneio, realizado pela primeira vez em três países: Canadá, Estados Unidos e México.
A primeira impressão do logotipo pode nos passar uma simplicidade incômoda, pois é a aplicação “real” do troféu, sem grafismo ou ilustração, inserida numa animação do próprio, sobre os números “2” e “6”, fazendo menção ao ano da edição (2026).
Nitidamente é uma solução para ser animada, no sentido de “movimento”, e sua forma estática já causou estranhamento nas pessoas acostumadas com games, eSports, tiktok, etc.
A solução foi segura e, para os mais atentos, segue o conceito do logo para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2028, em Los Angeles, apresentado no final de 2020.
Entretanto, o logo da Copa de 2026 não atinge a mensagem presente no logo LA28, que utiliza o movimento de forma inovadora para transmitir a pluralidade e a diversidade presentes, desde sempre, no mundo, sem perder o link com os apectos culturais e comportamentais com a cidade de Los Angeles, sede dos jogos.
Criou-se portanto, uma tendência ou mesmo, um resgate dos projetos gráficos dos anos 1980, pelos ou menos nos Estados Unidos, que é a utilização de fontes encorpadas (bold), onde foi adicionado agora um novo “ingrediente”, o movimento, determinante para promover uma sensação agradável ao expectador. Esse ponto, inclusive, merece uma crítica mais profunda, pois a aplicação estática ou somente do logo (símbolo e letter), que é a síntese gráfica ou digital de qualquer identidade visual, separa os projetos atemporais dos comuns.
No caso em questão, a Copa do Mundo não apresentou esse diferencial, já os Jogos Olímpicos, sim, pois o seu logo (síntese) está em constante mutação e não depende do projeto gráfico para ser compreendido.
Os organizadores da Copa do Mundo de 2026 defenderam a identidade visual apresentada ontem, dizendo que sua simplicidade é proposital e permitirá a customização das peças (gráficas e digitais) por parte de cada anfitrião. O que pode, de fato, enriquecer muito toda a comunicação sensorial do torneio.
Imagem de capa: Divulgação
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