Os brasileiros na Libertadores
29 de janeiro. Quando a bola rolar para Sporting Cristal x Atlético-PR e para Deportivo Quito x Botafogo, os brasileiros iniciam a disputa por mais um título da Libertadores. Os clubes argentinos detém o recorde de conquistas: 22, contra 17 do Brasil.
O heptacampeão Independiente é o maior vencedor, seguido de perto pelo Boca Juniors, com seis. No Brasil, a lista é mais democrática: São Paulo e Santos lideram com três títulos. No total, 10 clubes brasileiros já se sagraram campeões da Libertadores. Na Argentina, apenas sete.
Nos últimos anos, a diferença de títulos entre os países caiu. As quatro últimas edições foram vencidas por brasileiros, que desde 2005 têm ao menos um representante na final.
Como os brasileiros chegaram a Libertadores e uma projeção para 2014.
• Atlético-MG – 2013 que nada. É 2000 e Galo, garantem os atleticanos. O campeão mineiro sobrou na fase de grupos da Libertadores e acabou como líder geral. Nas oitavas-de-final, duas vitórias em cima do São Paulo. De forma heroica e emocionante, o Galo eliminou um a um seus adversários na competição: Tijuana, Newell’s Old Boys e Olímpia. Com o título da Libertadores, o Atlético-MG administrou no Brasileirão (8º lugar) e mesmo com a derrota precoce no Mundial é um dos favoritos para conquistar o caneco em 2014. Paulo Autuori que assume o lugar de Cuca será o responsável por levar o Galo ao sonho do Bi.
• Cruzeiro – o Cruzeiro entrou em 2013 bastante reformulado, começando pelo técnico Marcelo Oliveira. Após perder a decisão do Campeonato Mineiro, a Raposa não se abalou e já no início do Brasileirão mostrou que vinha para brigar, pelo menos pelo G-4. Mas o time superou as expectativas até mesmo dos cruzeirenses mais apaixonados e com folga foi o Campeão Brasileiro. Assim como o arquirrival, é fortíssimo candidato ao título da Libertadores em 2014.
• Grêmio – A diretoria do Grêmio investiu alto em 2013. Vanderlei Luxemburgo no comando técnico. Os medalhões Zé Roberto, Elano, Vargas e Barcos no elenco. Apostou na Libertadores, mas foi eliminado nas oitavas-de-final para o Santa Fé. Com os reservas não ficou nem perto do título estadual. Em junho, o Tricolor anunciou a demissão de Luxemburgo.
Renato Gaúcho assumiu o time que na 14ª rodada entrou no G-4 para não mais sair. Terminou em 2º lugar, mas apesar da boa campanha, não ameaçou ultrapassar o líder Cruzeiro. Na Copa do Brasil, foi eliminado na semifinal para o Atlético-PR. Para 2014, o Grêmio acredita no trabalho de Enderson Moreira, ex-Goiás. Apostar na nova safra de treinadores parece ser o melhor caminho para o Tricolor retomar o caminho dos títulos – assim como o Cruzeiro de Marcelo Oliveira.
• Flamengo – O Flamengo se arrastava no ano. Não chegou nem às finais da Taça Guanabara e da Taça Rio. No Brasileirão, a briga foi para não cair. Mas na Copa do Brasil, o Flamengo mostrou a força da sua camisa. Com Mano Menezes, eliminou o Cruzeiro nas oitavas-de-final. Com Jayme de Almeida superou o Botafogo e o Goiás e venceu a finalíssima contra o Atlético-PR. Apesar do título, o clube tem carências em quase todas as posições e precisa se reforçar bem para a Libertadores.
• Atlético-PR – O Furacão foi ousado em 2013. Disputou o estadual com o time sub-23, mesmo assim chegou à decisão. A má campanha no início do Brasileirão culminou com a demissão de Ricardo Drubscky e a chegada de Vágner Mancini. Com o novo técnico a equipe se reergueu. Permaneceu no G-4 desde a 16ª rodada. Na 34ª rodada era o único que poderia, matematicamente, tirar o título do Cruzeiro.
Na Copa do Brasil, o Atlético-PR eliminou Palmeiras, Inter e Grêmio, mas perdeu o título para o Flamengo. Nas últimas rodadas, deixou escapar a vice-liderança e com o 3º lugar terá que disputar a pré-Libertadores e por isso tem que se virar para não sentir os efeitos de uma “mini-pré-temporada”. Em 2005, quando disputou sua última Libertadores, o clube chegou à final. É bom ficar de olho no Furacão.
• Botafogo – De volta à Libertadores após 18 anos, o Botafogo promete montar um time competitivo para 2014. Além dos titulares, o alvinegro deve se preocupar com o elenco como um todo. No Brasileirão 2013, o alvinegro sentiu a falta de reservas à altura e ainda se complicou com negociações no decorrer do campeonato.
Eduardo Hungaro, auxiliar e que comandava os juniores, foi confirmado como o novo técnico da equipe principal. Resta saber se ele vai saber mesclar a juventude de atletas da base com a experiência de jogadores já consagrados, como o craque holandês Seedorf. Assim como o Atlético-PR, o Botafogo pode sofrer com a pré-temporada encurtada pelo fato de ter que disputar a pré-Libertadores.
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