Jogos eliminatórios e o gol qualificado

Nas últimas semanas, o FUTBOX.com apresentou algumas ideias para valorizar o espetáculo do futebol: Impedimento e 0X0 / Substituições, faltas e duração da partida. Abaixo o terceiro e penúltimo post da série “Propostas do FUTBOX”.

Os campeonatos de futebol são disputados sobre três sistemas: pontos corridos, mata-mata e misto (como a Copa do Mundo e o Campeonato Brasileiro antes de 2003).

Criciúma, Santo André e Paulista campeões da Copa do Brasil em 1991, 2004 e 2005.

Criciúma, Santo André e Paulista campeões da Copa do Brasil em 1991, 2004 e 2005.

A disputa por pontos corridos, geralmente, não reserva grandes surpresas. Já nos jogos eliminatórios costumam aparecer as maiores “zebras” do futebol. Basta um jogo ruim, para o favorito ser eliminado da competição. A Copa do Brasil é um exemplo de como times modestos podem alcançar grandes resultados em fases de mata-mata. Criciúma (1991), Santo André (2004) e Paulista (2005) venceram o torneio no ano que disputavam a Série B do Campeonato Brasileiro.

A proposta do FUTBOX para jogos eliminatórios é que logo após igualdade ao final do tempo regulamentar, se realize a disputa de pênaltis. O vencedor ganha a vantagem de jogar por novo empate na prorrogação. Assim, se preserva a essência do futebol, que é por tempo, e não por gol marcado, como no caso do vôlei, que acaba quando uma equipe vence três sets.

Outra sugestão é a respeito do gol qualificado. Em grande parte das competições de mata-mata são realizados dois jogos, um em casa e outro como visitante. Muitas vezes, o gol fora de casa é critério de desempate (ex: 1º jogo – Clube A 2X1 Clube B / 2º jogo – Clube B 1×0 Clube A – Clube B avança por ter marcado gol como visitante).

A ideia é acabar com o gol qualificado, ou mesmo, qualificar o gol marcado em casa. Por quê? O objetivo é o espetáculo. Quem marcar mais gols diante da sua torcida avança na competição. O torcedor que vai a campo, quer ver o clube do coração atacando o adversário e não se acovardando com medo de ter sua meta vazada.

Vale lembrar aos organizadores: quanto maior a satisfação do torcedor, maiores as possibilidades de negócios envolvendo o futebol.

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Gabriel Godoy

Jornalista; frustrou-se na tentativa de ser um jogador profissional; peladeiro; apaixonado por futebol de campo, de rua, de botão, de vídeo-game...

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