O amarelo da seleção brasileira tem chance de brilhar dentre a paleta de cores da Copa do Mundo de 2022

Na última Copa do Mundo, realizada em 2018 na Rússia, a Seleção Canarinho chegou como uma das favoritas ao título. Em um grupo composto por seleções com uniformes primariamente vermelhos, o amarelo brasileiro não impressionou em sua estreia contra a Suíça e enfrentou dificuldades para vencer Costa Rica e Sérvia nos confrontos que vieram em seguida.

O verde mexicano não foi páreo para o Brasil, mas os “diabos vermelhos” da Bélgica, sim. A atuação espetacular do goleiro Thibaut Courtois (Real Madrid), em conjunto com os passes açucarados do meio-campista Kevin de Bruyne (Manchester City) deram fim à campanha da seleção brasileira na Rússia, abrindo ainda mais o caminho aos eventuais campeões, a França. Os “Le Bleus” bateram o xadrez branco e vermelho da Croácia no tabuleiro máximo do evento por 4 a 2.

Fica difícil, no entanto, opinar o quão longe a amarelinha chegará na Copa do Mundo do Qatar, em 2022, sem saber antes a paleta de cores que o Brasil enfrentará a partir da fase de grupos. Apesar disso, é possível olhar para o que a seleção já tem feito contra times azul-celeste, amarelos, entre outras cores que pintam o quadro sul-americano. Isso já pode dar um indicativo de como o Brasil se sairá na etapa mundial contra as cores de outros continentes.

 

A "Amarelinha", apelido tradicional da seleção brasileira. Foto: Pixabay.com

A “Amarelinha”, apelido tradicional da seleção brasileira. Foto: Pixabay.com

 

 

Alviceleste fatal na última Copa América

 

Com a Copa América 2021 tendo sido realizada em casa e com muitos atletas em grande fase no fim da temporada, o Brasil parecia ter tudo para conseguir êxito em mais um torneio continental. A vitória aqui levaria a seleção ao seu décimo título da Copa América, fazendo com que se aproximasse mais de Argentina e Uruguai, que estão no topo do ranking.

Na fase de grupos da Copa América predominou o amarelo graças à presença do Brasil em um grupo que trazia as seleções do Equador e da Colômbia, ao lado dos peruanos alvirrubros e do vinho tinto característico do time venezuelano. Desses, apenas o Equador foi capaz de parar o ímpeto ofensivo da camisa canarinho, empatando em 1 a 1 no último confronto da etapa em questão.

 

 

Já no caminho rumo à final o cenário ficou vermelho, pois a seleção enfrentou a “La Roja”, apelido da seleção chilena, nas quartas de final e reencontrou o Peru nas semifinais. O confronto definitivo seria contra a alviceleste argentina, o clássico adversário da amarelinha.

Jogando em casa e com apoio da torcida, esperava-se uma vitória brasileira. Mas o que se viu foi o oposto, em um confronto onde até o craque Lionel Messi deu tudo de si para defender a vantagem de 1 a 0 conquistada no começo do primeiro tempo da partida e mantida até o apito final. Com isso, a Argentina empatou com o Uruguai no recorde de títulos da Copa América, ficando cada uma dessas seleções com 15 conquistas e deixando o Brasil a seis troféus de distância.

Em momentos como esses, o amarelo do uniforme brasileiro leva às velhas piadas do Brasil amarelando em confrontos importantes, como reportou o jornal Folha de São Paulo em seu resumo sobre a final da última Copa América. Entretanto, os prospectos de futebol da Betway, site de futebol bets, são mais positivos e mostram que o Brasil tem chances de virar a chave durante a Copa do Mundo. De acordo com as odds disponibilizadas pela plataforma, a Seleção tem 14,3% de chance de estar no lugar mais alto do pódio ao final do torneio no Qatar. De fato, o Brasil é líder nesse sentido, estando à frente não apenas da atual campeã, França, mas também de outras equipes de peso como Inglaterra e Espanha.

 

Um otimismo justificável

 

O otimismo quanto às chances do Brasil de conseguir uma vitória na Copa do Mundo pode ser uma surpresa para os fãs da Seleção que se encontram insatisfeitos com o que ela tem entregado sob o comando de Tite. Como dito, as piadas quanto ao amarelo do uniforme brasileiro e o “amarelar” na “hora H” se mantêm, apesar da vitória acachapante sobre o Peru na final da Copa América 2019, que trouxe o troféu de volta para o país.

 

A esperança do torcedor brasileiro quanto ao hexa. Foto: Unsplash.com

A esperança do torcedor brasileiro quanto ao hexa. Foto: Unsplash.com

 

Tal otimismo, no entanto, é justificado pelos excelentes resultados do Brasil nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022. Até o dia 13 de outubro, a seleção brasileira era um dos dois times invictos em dez confrontos do torneio, com 28 pontos. O recorde de vitórias foi quebrado apenas por conta de um empate com a Colômbia, em 0 a 0, em um jogo no qual o Brasil dominou a posse de bola, mas não as chances de gol

Ainda assim, é possível dar razão aos críticos do futebol praticado pela Seleção Canarinho, uma vez que o calendário de jogos internacionais simplesmente não permite que times da América do Sul e da Europa se cruzem antes da Copa do Mundo, exceto na fase de preparações para o Torneio, um mês antes de sua realização. Aqui, é preciso dar o braço a torcer e até apelar para que haja um maior intercâmbio entre as paletas intercontinentais, não só para possibilitar mais combinações de cores ao futebol mundial, mas também para preparar melhor os dois lados para o que ocorrerá em breve no maior palco do esporte bretão.

 

 

Foto de capa: esboços de Aldyr Schlee em 1953, criador da camisa amarela da seleção brasileira.

 

 

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João Corneta

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