Os jogadores de futebol e seus cortes de cabelo – parte 3

O terceiro post da série sobre os jogadores de futebol e suas peripécias capilares faz uma viagem até os anos 70. Nada de cabelos curtos. O negócio era manter distância de tesouras e cabeleireiros (leia aqui o e o posts da série).

Nessa época, as diferenças ficaram escancaradas. Nunca fez tanto sentido a frase “todo mundo é diferente”. Quem tinha cabelo liso, quem tinha cabelo encaracolado, afrodescendentes e por aí vai.

1972 – Kevin Beattie foi um zagueiro do Ipswich Town (ENG) com passagem pela seleção inglesa. Durante sua carreira, sofreu muito com lesões. Sem dúvida, Kevin ia mais aos médicos do que aos cabeleireiros.

Kevin Beattie

Kevin Beattie

1973 – Charlie George foi um atacante inglês com forte identificação com o Arsenal e Derby County. Pelos “Gunners” ganhou a Taça das Cidade com Feiras (precursora da Taça UEFA) em 1970 e a dobradinha em 1971: Campeonato e Copa da Inglaterra.

Após aposentar, George montou um pub em New Hilton, Hampshire, onde fez jus aos tempos de jogador quando usava uma vasta cabeleira no melhor estilo rock’n roll.

Charlie George

Charlie George

1976 – Graham French não esperou a aposentadoria para frequentar os tradicionais pubs ingleses. Jogou em diversos clubes do país, mas nunca abandonou as bebidas e os hábitos noturnos. As noitadas eram tão intensas que French não parecia acordar a tempo de pentear o cabelo.

Por sorte, o jogador tinha uma resistência fora do comum e parecia curar a ressaca durante as partidas. Sua carreira foi prejudicada após ser preso por envolvimento em um tiroteio em um dos pubs que frequentava.

Graham French

Graham French

1978 – George Berry nasceu na Alemanha Ocidental, mas mudou-se para a Grã-Bretanha ainda jovem. O zagueiro naturalizou-se galês e foi o primeiro jogador negro a atuar pela seleção do País de Gales desde 1931. Conhecido por seu estilo durão, George Berry ficou famoso também pelo seu Black Power, naquela época, o maior cabelo afro do futebol britânico.

George Berry

George Berry

Categorias: OpiniãoPágina inicial

Gabriel Godoy

Jornalista; frustrou-se na tentativa de ser um jogador profissional; peladeiro; apaixonado por futebol de campo, de rua, de botão, de vídeo-game...

Veja todos os posts de

Veja também:

  • Ouro de Tolo

    A polêmica decisão da CBF no pódio olímpico na Tóquio 2020. A expressão “ouro de tolo” era utilizada na idade media para representar as pessoas que compravam ouro de falsos alquimistas e que na verdade eram pedras sem valor, pintadas de dourado.

  • Més Que Un Club

    O termo ou mesmo, o conceito de “Clube”, tornou-se um paradoxo no Século XXI. O que parece ser preciosismo agora pode se tornar determinante para as escolhas dos fãs e torcedores num futuro próximo.

  • AS NOVAS DEMARCAÇÕES DO CAMPO DE FUTEBOL

    Mais gols, mais emoção e menos erros de arbitragem! Conheça as novas demarcações do campo de futebol. Comente e divulgue a sua opinião!

  • Mundo real e mundo virtual: não precisamos abdicar de um para estar no outro

    O não entendimento da relação entre Arte e NFT na comercialização de obras digitais.

  • Não é o resultado, mas sim o desempenho como maior valor

    Jürgen Klopp e Pep Guardiola são técnicos de futebol, e não treinadores. Os dois gostam e buscam jogar bem, é a prioridade em seus trabalhos.

  • Repensando o Futebol

    O principal objetivo da tecnologia durante o século XXI será humanizar o ser humano. Diante de todos os desafios atuais, tornou-se mais estratégico do que nunca assimilarmos as pistas que existem nos diversos cenários da sociedade para superar essa pandemia.