Textos antigos de uma velha Copa

Muitas vezes nos deparamos com textos, fotos ou objetos antigos que estavam esquecidos em nossa memória, mas tiveram um papel importante em nossas vidas. Recentemente me deparei com essa situação ao vasculhar cds antigos de backup.

Em 2006 fui convidado para escrever sobre a seleção brasileira e sua participação na Copa do Mundo da Alemanha. Quando o Brasil foi eliminado pela França, com a ilustre colaboração de Roberto Carlos, que ao invés de marcar Henry (autor do gol) preferiu arrumar sua meia, concluí minha empreitada analisando as semifinais e finais daquele Mundial. Foram textos breves que enviava por email logo após o final das partidas. Na época, 11 anos atrás, minha primeira oportunidade de escrever sobre futebol.

O Projeto Futbox, até então, disponibilizava apenas as ilustrações das seleções da Copa de 2006. O convite foi da UNE e os textos foram publicados no site EstudanteNET.

Gostaria de ressaltar que não alterei os textos a seguir. Um exercício de extremo auto-controle. As únicas exceções foram “pentacampeões” que agora não é mais escrito separado, fotos da Getty Images (parceira do Futbox desde 2013) e links que incluí. Abaixo a chamada para o primeiro texto, uma promovida e tanto que recebi dos meus parceiros:

“Não temos uma centena de repórteres na Alemanha como a TV Globo, mas nem por isso ficaremos de fora da maior e mais bacana festa do esporte mundial. O EstudanteNet apresenta seu analista oficial para a Copa 2006. Trata-se do mineiro Adriano Ávila, que dará as caras sempre após os jogos do Brasil. Observador e amante do esporte, Adriano é designer gráfico e autor do site Futbox, uma “caixa de conteúdo futebolístico” que apresenta o histórico das conquistas e design dos uniformes clássicos das seleções que disputam essa Copa do Mundo.”

Como uma Luva

Assistindo aos jogos da Copa 2006 chego a inevitável conclusão da principal função hoje do centroavante: abrir espaços. Nossos centroavantes precisam abrir caminhos no campo como nunca, uma vez que o drible tornou-se artigo de luxo ou até mesmo insulto. Estão fora de forma e de foco. Temos um ataque pesado, sem mobilidade e, pior, escalado por patrocinadores que não entendem nada de futebol, a não ser do lucro.

Group F Brazil v Croatia - World Cup 2006

kaká vibra com o gol anotado contra a Croácia

13 de junho de 2006, Estádio Olímpico – Berlim
Grupo F: Brasil 1×0 Croácia
Gol: kaká

Ouço muito falar sobre jogadores de bola e percebo uma certa confusão nas nomeclaturas atacante e centroavante por parte dos “profissionais” do futebol. O primeiro pode ser até mesmo o goleiro, depende do esquema estabelecido pelo treinador. O segundo é o nosso maior problema, quem diria…sinal dos tempos.

Ronaldo precisa de um milagre de fato, pois considero 2002 uma jogada de sorte da vida. Sua contusão dois meses antes da Copa proporcionou ao fenômeno os dias suficientes para realizar sua preparação diferenciada.

As seleções que mais se destacaram na primeira rodada – Alemanha, República Tcheca, Itália e Espanha – entederam a função dos seus centroavantes. Isso cairia como uma luva na seleção brasileira, que detém inúmeros jogadores de qualidade no meio de campo. São esses que vão marcar a maior parte dos gols a partir dos espaços abertos pelos centroavantes.

Juninho Pernambucano no lugar de Ronaldo seria a bendita luva. Proporcionaria uma ajuda aos nossos saudosos laterais e junto com Kaká, Adriano (em forma) e Ronaldinho Gaúcho formariam de fato um quarteto de “peso”.

Muitas Emoções

Jogar bonito e perder ou jogar feio e ganhar? O Parreira é adepto dessa máxima. É um pecado ver o técnico da seleção brasileira trabalhar assim. Ele tem a possibilidade de reinventar o jogo, criar tabelas, praticar um futebol ofensivo e inteligente. Prefere jogar feio e ganhar (teoricamente).

Group F Brazil v Australia - World Cup 2006

Adriano marca contra a Austrália

18 de junho de 2006, Allians Arena – Munique
Grupo F: Brasil 2×0 Austrália
Gols: Adriano e Fred

Me desculpem os torcedores de resultado, mas o futebol é muito mais do que isso. O Brasil pode jogar bonito e ganhar. Li em algum lugar: “Quem vê apenas a bola perde muito do espetáculo”. O Brasil continua irregular e está aproveitando a 1a fase para executar treinamentos de luxo. Está colocando metas individuais acima do coletivo. Opção arriscada e soberba.

A seleção apresentou uma ligeira melhora no conjunto mas o setor defensivo mostrou sua vulnerabilidade contra a Austrália, adversário mais qualificado do que a Croácia. Os centroavantes brasileiros tiveram uma maior movimentação do que no primeiro jogo mas estão longe do ideal… ou da Argentina, que apresentou um futebol eficiente e talentoso com muitos espaços no ataque propiciados pelos seus centroavantes. Dos seis gols marcados contra a ex-Sérvia e Montenegro, quatro foram dos homens do meio de campo. A Alemanha continua com um futebol competente, nem sempre bonito. Já a República Tcheca teve sua estratégia desmontada por Gana ao levar um gol no primeiro minuto. Com isso a África voltou a ter esperanças na Copa. Salve África! As oitavas podem colocar frente-a-frente Brasil e os Black Stars ganenses.

Ronaldo está ansioso por marcar e tem se esforçado. Torço para que isso seja o suficiente. Cicinho poderá entrar na lateral direita uma vez que Cafu levou um cartão amarelo. O mesmo pode acontecer com Émerson em relação à Gilberto Siva, que entrou bem e deu um toque mais refinado ao meio de campo. Vejo que Kaká está sobrecarregado e continuo com o desejo de ver o Juninho Pernambucano em campo. Na lateral esquerda, bem… vamos ter muitas emoções com o Roberto Carlos.

Nas Barbas do Rei

Final da partida: Brasil 4, Japão 1. O estádio Copa do Mundo FIFA, em Dortmund, presencia finalmente uma boa apresentação dos pentacampeões mundiais. Vamos ao início.

Group F Japan v Brazil - World Cup 2006

Ronaldo se iguala à Gerd Müller: 14 gols em Copas

22 de junho de 2006, Westfalenstadium – Dortmund
Grupo F: Japão 1x 4 Brasil
Gols: Keiji Tamada (JPN), Ronaldo (2x), Juninho Pernambucano e Gilberto Silva

A TV alemã mostra a torcida chegando e junto com ela várias personalidades do futebol, umas interessantes outras nem tanto. Um pouco mais acima, nas nuvens, quero dizer tribunas, Pelé. Quando o telão do estádio focaliza o Rei inúmeros aplausos para sua majestade, o melhor de todos, que acena para seus súditos como quem diz: “não foi nada, entende”. Então o jogo começa…

Muita expectativa em torno do Brasil e Ronaldo. Seleções como a anfitriã Alemanha, Argentina, Itália e agora Portugal vêm numa velocidade impressionante de encontro à Taça do Mundo. A primeira fase está acabando e agora é a hora da verdade: as oitavas. É nesse momento que aparece o craque da Copa. O que se jogou na 1a fase é importante para formar o conjunto, o espírito de equipe, recuperar jogadores. Agora é a hora do craque. Falaremos disso depois.

A seleção brasileira jogou bem, sua melhor apresentação. Entretanto, contra o adversário mais fraco do grupo. Parreira surpreendeu a todos escalando cinco reservas e “soltando” mais o time. Gilberto Silva faz tudo o que o Émerson faz em campo, a diferença é que faz melhor. No gol do Japão Cicinho muito avançado deixou um buraco na lateral direita e Lúcio mal posicionado não pode impedir o um a zero. Justiça seja feita, o regular Lúcio não fez nenhuma falta até o momento. Depois disso o Japão levou sua segunda virada na Copa. Robinho com fome de gol e Juninho Pernambucano com fome de bola (na celebração do seu gol parecia o Rivelino nos anos setenta) precisam ser titulares. Adriano iria pro banco e faria dupla com Roberto Carlos. Zé Roberto assumiria a lateral esquerda. Pronto. O Brasil executaria melhor e com mais segurança a função estabelecida pelo seu treinador: fornecer gols para Ronaldo.

O fenômeno com seus inúmeros quilos entrou para a história. Sua movimentação é mais restrita em relação ao espaço no campo, conseqüentemente mais rápida no jogo. Ótima solução. As tabelas com o Ronaldinho Gaúcho surgiram e com elas muita esperança. Com seus dois gols contra o Japão, Ronaldo Luís Nazário de Lima passou a ser o maior goleador da história das Copas, junto com Gerd Müller da Alemanha (Copas de 1970 e 1974). O camisa nove do Brasil está com tudo para ultrapassá-lo, assim como fez com o Rei Pelé. transformando-se no maior artilheiro de todos, bem alí, diante do melhor de todos.

Denorex

Como é bom assistir a um “gol de Ronaldo”, ainda mais quando esse é feito pelo próprio. Lembro de uma pedalada que ele aplicou indo de encontro ao goleiro, estava na Inter de Milão. Era sua época de sangue, suor e fisioterapias.

Round of 16 Brazil v Ghana - World Cup 2006

Ronaldo passa por Richard Kingston (GHA)

27 de junho de 2006, Westfalenstadium – Dortmund
Oitavas: Brasil 3×0 Gana
Gols: Ronaldo, Adriano e Zé Roberto

O centroavante da seleção brasileira é motivo de alegria para os torcedores que cantam nas arquibancadas da Alemanha: “Ih, f…, Ronaldo emagreceu!” Típico. Tripudiar de sua limitação ou fraqueza é uma característica do brasileiro. O drible retrata com sutileza essa situação. O árbitro Lubos Michel (Eslováquia), ao final do jogo, foi até o jogador pedir sua camisa nove. Como sempre, em Copas do Mundo, os brasileiros tiveram uma “ajudinha” nos lances duvidosos. A FIFA adora essa seleção.

Adriano, impedido, marcou o gol 200 do Brasil em Copas. Quanta diferença para o gol 100 marcado por Pelé contra a Itália na final de 1970. O ataque brasileiro voltou a apresentar-se mal, sem movimentação. Com Ronaldo e Adriano a função dos jogadores de meio de campo fica dificultada. Juninho entrou e espero que não saia mais. Ricardinho tocou na bola quatro vezes; quatro chances de gol para o Brasil.

Parreira aumenta cada vez mais o problema de manter seu esquema de jogo. Toda vez que um “reserva” entra no lugar de Adriano o Brasil melhora consideravelmente. Entretanto, continua a apresentar defeitos históricos. Seu técnico, em entrevista após o jogo, ignorou todos eles e chegou a interromper a pergunta de um repórter sobre os buracos na defesa brasileira. Se Gana não finalizasse a gol tão mal, ou não jogasse com sua defesa em linha, a partida seria mais complicada para o Brasil.

O placar não retratou a verdade em campo. Os ganenses criaram, pelo ou menos, cinco oportunidades claras de gol. Dida bem posicionado defendeu três, duas foram para fora. Nossa defesa continua irregular. Seleções como Itália, Alemanha e Argentina não desperdiçaram tantas chances de marcar. O Brasil me lembra uma propaganda para caspas dos anos 1980, quando o fabricante dizia que era um xampu, mas parecia remédio: “Denorex: parece; mas não é”.

A seleção do Parreira conquista vitórias enganosas. Croácia, Austrália, Japão e Gana são adversários limitados, não podemos esquecer disso. As quartas-de-final chegaram com a oportunidade da revanche tão esperada pelos brasileiros. Para ganhar da França, o Brasil terá de jogar bola de verdade.

Xerque-Mate

Estamos iniciando um novo século, mas às vezes nos esquecemos disso. O futebol está recomeçando. Seremos lembrados, daqui há cem anos, como aquelas pessoas no início do século passado, que iam aos estádios com seus chapéus Copacabana, para assistir aos jogos de futebol. Ficaram na História porque tinham personalidade. E a seleção brasileira?

Quarter-final Brazil v France - World Cup 2006

Kaká e Zidane

1˚ de junho de 2006, Waldstadium – Frankfurt
Quartas: Brasil 0x1 França
Gol: Thierry Henry (FRA)

O Brasil precisa jogar com alegria e ousadia para que seu legado futebolístico perdure durante as décadas que estão por vir. O Uruguai é um exemplo de uma seleção que se perdeu na História. Até os anos 1950 era a maior seleção do mundo. Daqueles tempos. Chamada de Celeste Olímpica foi responsável pela mudança no uniforme brasileiro, todo branco até então. Após a derrota para os uruguaios em 1950, em pleno Maracanã, a então CBD (Confederação Brasileira de Desportos) organizou um concurso nacional para o desenvolvimento de um novo uniforme. Surgia a seleção canarinho. Sua estréia em Copas aconteceu em 1954 na Suíça. O Brasil começava a reinventar o jogo. O drible a superar a marcação, fazer ao invés de impedir o gol.

Nessa copa, Alemanha, Itália e França deram aula de marcação e disciplina tática. Impedir o gol como prioridade. Três seleções com um poder de marcação impressionante, principalmente a Azzurra. Felipão a cada jogo demonstra como pode ser um técnico verdadeiro que trabalha seu esquema tático de acordo com os jogadores que possui, e não o contrário como o Parreira faz, reduz os jogadores à sua forma de “pensar” o jogo.

O Brasil perdeu para a França mas não volta para casa. Todos os jogadores vivem na Europa, ou quase, apenas três dos vinte e três moram no Brasil. Podemos apontar isso como uns dos fatores para a eliminação da seleção brasileira. Talvez o menor. O mais importante é a metodologia de trabalho da CBF e sua relação obscura com seus investidores. O problema do Brasil não está em campo. Nunca esteve. Sua seleção reflete a falta de qualificação, honestidade e compromisso dos seus dirigentes. O futebol do Brasil está em xeque. Ronaldinho Gaúcho, eleito pela segunda vez o melhor do mundo, não passou de um pião quando todos esperavam dele um Rei. Esse foi Zidane. Em sua última Copa fez sua melhor exibição. O novo campeão do mundo está de volta ao velho mundo.

Tudo Azul

Itália e França decidem quem será a campeã da Copa de 2006 numa final inédita. Toda azul por sinal. Duas seleções de tradição e camisas da mesma cor. A diferença se encontra dentro de campo no esquema tático adotado por cada uma. A Itália possui uma seleção melhor, com todos os seus setores jogando em harmonia e apresentando uma forte marcação. A França conta com seu veterano camisa dez: Zidane.

Semi-final Germany v Italy - World Cup 2006

Alemanha vs Itália

4 de julho de 2006, Westfalenstadium – Dortmund
Semifinal 1: Alemanha (0x0 – 0x2) Itália
Gols: Fabio Grosso e Alessandro Del Piero (ITA)

Semi-final Portugal v France - World Cup 2006

Portugal vs França

5 de julho de 2006, Allians Arena – Munique
Semifinal 2: Portugal 0x1 França
Gol: Zinedine Zidane (FRA)

Após doze anos, a Itália está de volta às finais de uma Copa do Mundo. A Azzurra eliminou a anfitriã Alemanha com um gol de ouro, ou melhor, dois. Caso o “golden gol” existisse ainda (pior invenção da FIFA de todos os tempos), nunca veríamos o gol de Del Piero. A seleção italiana está há noventa minutos de desbancar os alemães do posto de maior potência do futebol europeu de todos os tempos. O possível tetra italiano pode iniciar um período de forte marcação como na década de 1990. Com uma diferença, o toque de bola que não existia na seleção italiana de 1982. Naquela época era pura marcação e bola para Paolo Rossi! Funcionou. Entretanto, com a velocidade em que se encontra o futebol, a troca de passes torna-se imprescindível hoje em dia. Toti, Pirlo e Del Piero, jogadores com essa característica, acabaram com o sonho alemão.

Felipão e sua família portuguesa, com certeza, não conseguiram realizar a façanha de levar a seleção lusitana à final. Seria a primeira da sua história (seleção principal). O jovem Cristiano Ronaldo mostrou mais maturidade na semifinal. Pode ser uns dos grandes jogadores europeus brevemente se preservar sua postura mais humilde dentro de campo. Nessa partida, mais uma vez, a França demonstrou como jogar em função de um homem só com segurança e inteligência. Esse jogador é Zidane. Temos bons jogadores nesta Copa. Excelentes. Mas nenhum como Zizou. Ele pode decidir e ser o craque da Copa. A decisão será entre a melhor seleção e o melhor jogador. Imprevisível.

Novos Velhos Rumos

A final da Copa do Mundo de 2006 teve todos os ingredientes necessários para ser inesquecível. Duas grandes seleções, um jogador memorável, duas torcidas apaixonadas. Em campo marcação com velocidade e objetividade num jogo extremamente disputado.

Final Italy v France - World Cup 2006

Zidane expulso. Itália tetracampeã

9 de julho de 2006, Estádio Olímpico – Berlim
Final: Itália (1×1 – 0x0 – 5×3) França
Gols: Marco Materazzi (ITA) e Zinedine Zidane (FRA)

8 de julho de 2006, Mercedes-Benz Arena – Stuttgart
Terceiro Lugar: Alemanha 3×1 Portugal
Gols: Bastian Schweinsteiger (2x) (GER), Armando Petit (contra) e Nuno Gomes (POR)

A França, como de costume, mostrou-se mais arrogante do que os italianos. Essa postura foi retratada com sutileza no início do primeiro tempo. A cobrança do tiro livre direto por Zidane foi determinante para o resultado final. Na disputa dos pênaltis, David Trezeguet, autor do “gol de ouro” na final da Eurocopa de 2000 contra a Itália, foi o jogador que perdeu sua cobrança. A vida dá voltas. A Azzura perdeu o tetra nos pênaltis em 1994, e o conquistou do mesmo modo 12 anos depois.

Seleções e clubes que praticarem a receita “marcação com velocidade” conquistarão grandes títulos neste século que se inicia. O novo destino do futebol está lançado. De certa forma, será bom para o futebol brasileiro, que todo ano perde a rodo seus craques e promessas para os mercados estrangeiros. A marcação com velocidade favorece o coletivo. Um grande time pode vencer sem ter jogadores espetaculares. O importante é priorizar a velocidade, e não a marcação. Ou seja, a habilidade em detrimento do físico. Parreira não entendeu e inverteu a ordem dos fatores, para azar dos brasileiros.

O artilheiro do mundial foi o alemão Klose com cinco gols. Junto com Nejedly (Tchecoslováquia) em 1934 e Jerkovic (Iugolsávia) em 1962, com o mesmo número de gols, são os três artilheiros que menos balançaram as redes na história dos mundiais. Zizou foi eleito o melhor jogador mesmo com aquela cabeçada em Marco Materazzi. A FIFA ignorou a situação. Questionável. Com o gol marcado de penalti, Zinedine Zidane entrou para a história das Copas como o quarto jogador a marcar em duas finais, juntando-se aos brasileiros Vavá (1958-62) e Pelé (1958-70) e ao alemão Paul Breitner (1974-82). Ao Brasil restou dividir com a Espanha o troféu Fair Play. A seleção com os melhores da Copa talvez não tenha nenhum brasileiro. Zé Roberto foi quem chegou mais perto dessa honraria.

Brasil e Argentina largam na frente na conquista do próximo mundial, em 2010, na África do Sul, uma vez que os europeus só conquistaram a Copa em seu continente. Holanda e França seriam as mais qualificadas dessas seleções para a disputa, pois seus campeonatos nacionais, assim como seus jogadores selecionáveis, vêm em grande parte do continente africano. Camarões, Nigéria e Gana podem surpreender e chegar à final. Será uma nova Copa, diferente de tudo o que aconteceu até hoje. Minha poupança para assisti-la de perto já começou.

Agradeço aos amigos e colaboradores Fred Paulino e Vinícius Freitas que possibilitaram essa experiência em 2006.

 

Podcast:

 

Clique na imagem abaixo e confira o bate-papo na íntegra no Bora Pra Resenha Podcast onde falamos sobre a revitalização das marcas dos clubes de futebol, seleção brasileira, calendário, VAR, regras atualizadas, as novas demarcações do campo e muitas outras curiosidades sobre a história do futebol:

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Adriano Ávila

A prova inquestionável que existe vida inteligente fora da Terra é que eles nunca tentaram contato com a gente.

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